Nos primeiros anos de vida da criança que ocorrem importantes avanços nas aquisições motoras, cognitivas, de linguagem e social. As aquisições neuropsicomotoras nesta fase ajudam na compreensão do desenvolvimento da criança, uma vez que esse período é marcado como a fase crítica.
Identificar os fatores de risco neurológico é um processo complexo, principalmente nos primeiros meses de vida, onde a variabilidade de comportamento, tônus muscular, atividade postural e habilidades funcionais são comuns. Para a identificação de alterações do desenvolvimento motor de crianças, há instrumentos padronizados, dentre eles, a Escala de Desenvolvimento Infantil (EDI). Esta representa uma versão modificada e atualizada da Escala de Desenvolvimento Psicomotor da Primeira Infância, de Brunet e Lezine, que avalia crianças de zero a 24 meses de idade, caracteriza-se por sua aplicação simples e rápida e sua correção é imediata, alcançando no cálculo um quociente de desenvolvimento específico e global, reduzindo ao máximo a influência do examinador devido uma ordenação dos testes.
As atualizações e modificações da escala surgiram pela necessidade que o contexto atual exige, como: material de fácil aplicação; sistema de registros de dados informatizados; elaboração de um protocolo para registro dos dados; variáveis quantitativas; classificação dos dados encontrados; perfil neuropsicomotor; elaboração de um manual de aplicação e orientação dos testes neuropsicomotores; e material pedagógico para a aplicação. Tais fatores possibilitaram uma maior aproximação com a prática clínica, permitindo a verificação qualitativa e quantitativa do desenvolvimento infantil, sensível a desvios do desenvolvimento.